segunda-feira, 30 de setembro de 2019

TROVA DE HOJE

Passarinho canta alto
Pra alegrar meu coração
Passarinho bate as asas
E me leve pro sertão
Ali mora uma uma cabocla
Morena de pés no chao

sábado, 28 de setembro de 2019

Natureza

Passando em revista a Natureza
à encontrei: triste, solitária e inquieta.
Tadinha da Natureza! Tadinho deste poeta!

terça-feira, 24 de setembro de 2019

Tenho uma viola que retiro da parede
Quando é noitinha para pontilhar
Tenho na gaiola uma canário e uma rede
Sempre esticadinha pra meu bem sonhar
Quando a lua vem surgindo cor de preta
Ilumina meu pedaço de rincão
Meu ranchinho aqui na beira da mata
Não é preciso nem que acenda o lampião
Sinfonia do riacho e da cascata
Minha viola completa a orquestração

quinta-feira, 19 de setembro de 2019

Trova de hoje

As vezes um paraíso
Desponta junto da dor
Como veloz chega o riso
Nos lábios do sofredor

sexta-feira, 13 de setembro de 2019

0trova de hoje

(Ely Alves de Paula)

Noite por chegastes
Sem avisar quando vinhas?
Não vez que a tarde linda que roubastes
Era tão somente minha ?

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Folha seca

Havia uma arvore frondosa e bela, com milhares de folhas. As folhas vibravam com sua mãe arvore que lhes forneciam a seiva para que elas permanecessem vivas.

Mas num belo dia uma das folhas sentiu vontade de voar como os pássaros e se desprendeu da mãe arvore, para sair voando. E assim o fez. Saiu voando, voando, numa grande alegria. Cruzavam com os pássaros e dizia para eles: vejam! Eu também posso voar como vocês. E os pássaros comentaram entre si: pobre folha! Não percebeu ainda o erro que cometeu desprendendo da mãe arvore.

A folha na sua alegria de voar, não se deu conta do que havia feito. Depois de ter voado bastante, a pobre folha percebeu que sua pele começou a ressecar e foi perdendo as forças; começou a cair, cair, até o chão. E a pobrezinha levada pelo vento, cada vez mais se distanciava da mãe arvore, até ficar presa á um cantinho da terra, desprotegida, encolhida e solitária. Pode perceber então o que havia feito, e começou a chorar, pois não tinha como voltar atrás e ali ficou.

Em dado momento, passava por ali um jardineiro, que ao deparar que aquela folha chorava, tomou-a em suas mãos e a folha com voz embargada contou ao jardineiro o acontecido e lhe fez um pedido: por favor, meu caro amigo, faça uma cova e me enterre e junto comigo, coloque uma sementinha, pois quando eu apodrecer que eu sirva de esterco para que ela possa nascer e tornar-se uma grande arvore como minha mãe e as folhas que dela nascerem não faça como eu, em sair voando, voando, bailando, bailando, sem nunca encontrar a vida. O Jardineiro comovido, fez como ela havia lhe pedido.

Meu irmão e minha irmã. Não seja como a folha seca. Não desprenda nunca do autor da vida, que é Deus, para não acontecer o mesmo com vocês. Oxalá, tenham compreendido a lição!

Ely Alves de Paula – 08 / 08 / 08.

Deus Seja Louvado!

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