terça-feira, 5 de maio de 2015

Dor física

Que seria do homem sem o efeito da dor física? Quem o poderia dizer? Quem o advertiria o mal que ela faz a si próprio? Quem haveria de mostrar com energia as consequências de seus exageros? Das feridas infligidas à natureza? O homem é livre para farrear e viver subvertendo a ordem das coisas, mas encontrará no seu caminho o sofrimento que o lançará por terra.
     Tem liberdade para se afastar d Deus que é ordem, Natureza e vida; mas Deus, justamente ele, circunda tuto isso com uma tal sebe, enche-lhe os caminhos com tais espinhos,que a força convence o homem, que é melhor parar ou talvez... voltar atrás. O homem não conseguirá frustrar a natureza que é um grande sinal de Deus. Não conseguirá livrar do medo que a morte sabe incutir.
     Afinal, o que importa é parar a tempo. Pode parecer uma tolice dize-lo, mas o que aconteceria se não existisse a dor para sensibilizar-nos a tempo, para advertir-nos?
     Eis-nos chegado ao ponto exato do porque da dor: advertência.
     Acho que o poder terrível que a dor produz sobre nós, o tremendo medo que nos incute, existe para dizer-nos: Atenção rapaz! Eu, a dor,sou apenas um mensageiro, um sinal. você não deve ter medo de mim, que afinal lhe presto um serviço; deve ter meto daquilo que represento.
     Eu, a dor, sou sou sinal da separação temporária.
     Eu, a morte, sou sinal da separação eterna. Esta sim, você precisa temer!

                                                                                       Carlos Carreto

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