A tarde que se vai

(Ely Alves de Paula

Quando a tarde o sol se esconde
A brisa leve aparece
Envolvendo toda a terra
 E num doce suspiro desce

A Natureza agoniza deslizando nesta brisa
Mansa, suave e doce, sorrindo como se fosse 
A sua dor acalmar
Pois sabe que dentro em breve
A noite está pra chegar

O momento é cruciante
Tudo para num instante
Mas emfim por traz do monte
A lua surge contente
Com sua luz abrangente
E tudo volta a brilhar

A Natureza agradece
Inclina o peito e adormeçe
No sono eterno da paz. 

  Um novo alvorecer

 Quando o sol vem surgindo na colina

 Mostrando a realeza do Senhor.

Os pássaros levantam-se em revoada

Entoando um hino ao criador

Manhã de beleza tanta

Que a Natureza festeja:

As flores solta-se de seus abrolhos

O orvalho dos ramos goteja.

As nuvens movem-se de um lado a outro

Lá no céu da cor de anil

Tudo é festa, tudo é festa

Para os insetos mais de mil.

 Cada segundo que passa

O sol vai aquecendo a imensidão

Aproveito esse raro momento

E elevo em prece uma oração

 Obrigado senhor por tanto amor

 Obrigado por serdes Vós quem sois

 Obrigado por ser somente presente

 Pois para Vós não há antes e nem depois

E assim um novo dia começa

Na mais perfeita harmonia

Ao som inconfundível da Natureza

Tudo se move na mais completa alegria.

                                          Ely Alves de Paula

Deus é a motvação

(Ely Alves de Paula)

Da varanda de minha casa pude observar o desenrolar de mais um dia que findou. O sol já havia escondido lá no horizonte longínquo, mas havia muita luz ainda, pois o céu estava límpido. As luzes da cidade começavam aparecer aqui e acolá. E do lado oposto do poente distante, além, muito além da cidade, divisava-se montanhas revestidas de florestas, o que deixava favorecer a harmonia de contrastes: de um lado a cidade cada vez iluminada. Por outro lado, o verde das montanhas cada vez mais escuro, juntando-se com o manto da noite. O mistério cumpria-se nas mais recônditas latitudes das fronteiras da própria Natureza. Senti então, que a essência da questão é uma só: que Deus é a motivação suprema e única de tudo quanto faço, digo e escrevo...

Aurora acordando a noite

 (Ely Alves de Paula)

A luz da aurora foi despertar a noite que dormia:

Não vez? Levanta-te!

Já vem raiando um novo e belo dia

O sol já vem surgindo no horizonte

Para a Natureza alegrar

O orvalho já está caindo na terra ressequida

Para que a semente possa germinar.

Os pássaros já estão cantando

As estrelas já deixaram de brilhar

Os insetos saltita sem parar

Correndo atrás deles está indo o sabiá

O vento saiu de seu esconderijo

Arrastando nuvens para chover e a terra molhar

As flores desabrocham lentamente

Deixando o seu perfume no ar

O tico-tico saltita sem parar

Vai voando pro moinho em busca de fubá

Ó Natureza tão bela, ó beleza sem par

Louva o Deus que te criou,

Já que o homem nem sempre o faz

A noite acordando a aurora:

(Ely Alves de Paula)

A noite bateu à porta da aurora dizendo-lhe:

Levanta-te minha amiga! Está na hora de recomeçar.

Você é mais feliz que eu. Já acorda com os pássaros cantando,

As borboletas bailando. O sol seus raios derramando.

A Natureza em festa. Tudo volta a se mover:

As abelhas zumbindo. As flores se  abrindo, o vento soprando,

Contudo, não posso me queixar.

Quando termina seu roteiro,

E a tarde vem chegando. Anunciando que eu já estou à caminho.

Junto com os pássaros a floresta silencia.

Derramando no ar a magia.

De azul, o céu se tinge de vermelho.

Bem lá no horizonte, a primeira estrela aparece,

Como a se olhar num espelho, à Deus faz uma prece.

E até se esquece, que no céu já surgiram outras mil.

O céu que era da cor de anil, agora de negro cobriu.

E lá no distante poente, a lua com sua luz envolvente

Ilumina vales e montes.

Mas o que mais me faz alegrar

É os seresteiros a cantar lindas canções ao luar.

Portanto, obrigado amiga aurora.

Ao meu Criador quero agradecer

À seis milhões de anos, quando tudo era trevas, Ele disse: faça-se a luz e isto Ele chamou de dia. E as trevas Ele chamou de noite. Ele separou você de mim.

Para que houvesse:

Uma aurora e um anoitecer...

Uma aurora e um anoitecer...

Uma aurora e um anoitecer...

O céu chorou

O céu chorou

Nesta noite o céu chorou.

Porque será que o céu chorou?

Foi porque já faz tempo que não nascia uma flor.

Foi porque as fontes secaram

As arvores desfolharam

Os frutos não vigaram

Os pássaros não cantaram

As borboletas não bailaram

As formiguinhas não cortaram

As lagrimas dos homens secaram

O sol as plantas queimaram

E sobretudo, os homens também rezaram.

                                   (Ely Alves de Paula)

Ultimo entardecer de 2016

Neste último entardecer de 2016, observando o por do sol, notei que havia uma serenidade em que meu olhar presenciava. Nuvens escuras com vários formatos. Faixas amareladas e sobretudo um soprar manso e sereno, desfazendo assim o calor do dia ensolarado que findava. Nestes últimos momentos deste entardecer, deixou-me de uma certa forma um nostalgia por observar que o ano findava, mas ao mesmo tempo, alegrei-me porque o siclo da vida não terminara, mas sim, estava sendo transformado numa esperança que tudo iria reiniciar em 2017. Portanto devemos abraçar este Novo Ano com mais fé, mais amor , mais esperanças e uma renovação espiritual. Assim sendo, não podemos desanimar. Pelo contrário. Renovemos nossas esperanças em Deus que se fez um de nós, para que pudéssemos ser um com Ele. Agradeçamos também a Deus por estarmos vivos para dar glorias à Ele. Com esta mensagem desejo a todos um Santo e Feliz Ano Novo.
(Ely Alves de Paula)