O verdadeiro Santuário.

"Como eu te contemplava no Santuário, vendo tua força e tua gloria".

     Quando a manhã se levanta, tudo ao seu redor é cor, vida e gloria. Por menor que seja nossa sensibilidade, não podemos deixar de sentir a roda dos horizontes abertos,  um Santuário vivo em que resplandece a vivificante atividade do Senhor. Poderíamos expandir a presença do Senhor falando da força da Natureza onde tudo fala, mostra a grandeza deste movimento.

Um grupo humano, uma comunidade, uma família podem ser e de fato são, verdadeiros Santuários em que Deus mora muito alegre e feliz. Sua presença é como o resplendor avermelhado de um fogão: aquece e ilumina. Aí nesse cálido recinto, todos os dons são como fagulhas brotadas do fogo divino. O encanto e a beleza de uma pessoa é o lampejo do encanto de Deus. Por vezes ficamos admirados com a beleza de uma pessoa, sem perceber que por traz, estão as mãos de quem a criou. A serviçalidade de outra é o reflexo da serviçalidade do Senhor. Assim todas as pessoas e todos os grupos são Santuários. Pequenas teofanias que reverberam a força e o calor de Deus. Nenhum lugar, o canto dos pássaros, as abelhas sugando o néctar das flores, os minúsculos insetos lutando para sobreviverem. E esses pequenos seres tem um papel importantíssimo na conjuntura do universo no mundo animal. Mas tudo isso podem sumir como bolhas de sabão. Se não estivermos atentos. E dizer que o mundo é um sacramento de Deus, e outras expressões similares, poderia reduzir-se a uma bela literatura, ou no máximo`teorias bonitas. Se meu coração estiver afastado de Deus, passarei pelas criaturas como um cego, mudo e surdo. Deus não resplandecerá em nenhum horizonte. Mas se Cristo estiver vivo e vibrante em meu coração, projetarei aos outros a imagem viva do Senhor, pois fui criado a sua imagem e semelhança, para resplandecer como luz para aqueles que ainda não o conhece, ou se o conhece não experimentaram ainda a força do seu infinito amor. Um amor incondicional.Vale a pena conferir.

                      Autor: Frei Inácio. Adaptação: Ely Alves.