sábado, 8 de setembro de 2012

Última estância. Há momentos em nossa vida que esbarramos em determinadas situações, que nos restam apenas às mãos de Deus, onde podemos apegar. É a aceitação do abandono no colo do Pai. Não há outra saída. Temos que colocar nossas dores aflições, angústias, preocupações exageradas, tudo nas mãos de Deus. Devemos lembrar-nos do momento cruciante de Jesus na cruz, onde Ele sente total abandono de seus discípulos. Apenas ali estavam, o discípulo amado, João, sua Mãe, e algumas mulheres. Sente até a ausência do Pai. Ele evoca então, com total confiança: “Pai, em tuas mãos entrego meus espírito”. Mas as mãos do Pai eram invisíveis, ternas, seguras, paternas, e de infinita ternura sob a proteção e dependência de um Pai que é Deus. Assim também nós, devemos, nos momentos difíceis, colocar-nos com total confiança nos braços do Pai. Certa vez em que me encontrava numa dessas situações, não tive outra opção a não ser abandonar-me nos braços de Deus. E qual não foi a minha alegria em experimentar essa transformação do limite da dor e depressão para uma completa cura interior, enchendo o meu coração da certeza de que Deus Pai havia aceitado o meu abandono em seus braços, como aceitou o abandono de seu Filho Jesus. Foi um combate, uma luta, cujo desfecho terminou com a coroa da vitoria, não minha, mas de Cristo Jesus em mim. A historia é bem mais complexa. Não dá para expor aqui detalhadamente, pois ela ocupa oito paginas do meu livro, “Histórias que a vida contou-nos”, cujo titulo é: Um milagre cientificamente comprovado em minha vida. Hoje me sinto bastante à vontade para expressar a minha total aderência no amor de Deus. O que não podemos é desanimar. Quando tudo parece ter chegado ao fim, Deus entra com a sua ternura de Pai e nos estende as mãos para nos resgatar. Assim, pois como fomos criados à sua imagem e semelhança, o final de todos nós será o encontro com a sua divindade, pois Ele também é o Criador do destino ultimo da vida e da sua plena realização. Todavia, cabe a nós crer, confiar e esperar com humildade os desígnios de Deus para nós. Ely Alves – setembro de 2012

Nenhum comentário:

Postar um comentário